Os primatas – grupo de mamíferos que inclui chimpanzés, lêmures e humanos – sempre estiveram na mira dos estudiosos. Eles são nossos parentes mais próximos no reino animal, e os paleontólogos há muito tempo buscavam explicar como eles surgiram.
Esbarravam, porém, em uma dificuldade: há poucos registros fósseis de primatas pré-históricos. Por isso, a comunidade científica comemorou bastante a descoberta recente, na China, do mais antigo fóssil de primata já registrado. Ele foi encontrado em rochas de aproximadamente 55 milhões de anos e recebeu o nome de Archicebus archilles.
Pequenino, o primata pré-histórico cabia na palma de uma mão e pesava apenas 30 gramas. Seu crânio media 2,5 centímetros – mais ou menos o tamanho da cabeça de uma escova de dentes. O dorso tinha 7,1 centímetros e a parte mais comprida do animal era a cauda, com 13 centímetros. Ele tinha o focinho bem curto e pernas e pés relativamente longos.
Além do tamanho diminuto, outra característica peculiar do Archicebus é a arcada dentária, que indica que o animal se alimentava de insetos. Seus olhos eram relativamente pequenos, o que sugere que a espécie tinha hábitos diurnos.
Curiosamente, o Archicebus apresenta características de antropoides (grupo que inclui macacos e humanos) e de társios (pequenos primatas com cauda longa e olhos esbugalhados). Por isso, o fóssil é um bom objeto para os cientistas que desejam estudar a história evolutiva dos primatas!
Fonte:http://chc.cienciahoje.uol.com.br/pequena-grande-descoberta-2/
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